A Batalha dos Três Reinos: o que você não sabia sobre a versão asiática da obra
A Batalha dos Três Reinos (Brasil) ou A Batalha de Red Cliff (Portugal) é um filme de guerra-épica produzido na China, baseado na batalha de Chibi e também no final da Dinastia Han, seguido imediatamente antes do período dos Três Reinos, na China Antiga. O filme, dirigido por John Woo, teve diversas adaptações pelo mundo. Entre elas, a versão chinesa, japonesa e a ocidental, que você provavelmente assistiu e não sabia que possuía diversos cortes.
Na Ásia, o filme foi dividido em duas partes, com mais de quatro horas de duração. A primeira, lançada em 2008, e a segunda em 2009. Fora do continente asiático, ambas as partes foram unificadas em uma só filmagem de praticamente metade do tempo de duração reduzido (de 280 minutos, foi para 148 minutos, cortando diversas cenas importantes, como por exemplo as motivações por trás do plano de Kongming para obter cem mil flechas, as razões pelas ameaças à sua vida, e o início das infiltrações de Sun Shangxiang).
É válido ressaltar que na China, a primeira parte do filme bateu um recorde extraordinário, arrecadando 124 milhões de dólares não só lá, mas em toda a Ásia, vencendo a bilheteria de Titanic em solo chinês.
A primeira parte do filme asiático conta o verão de 208, durante a Dinastia Han, cujo exército imperial era liderado pelo chanceler Cao Cao, retratando a época em que embarca em uma campanha para eliminar os senhores da guerra do sul (Sun Quan e Liu Bei) em nome da erradicação de rebeldes. Além das cenas de combate com excelentes demonstrações de habilidades marciais, após a batalha, o conselheiro chefe Liu Kongming estabelece uma missão diplomática com Wu Oriental, desejando formar uma aliança entre Liu e Sun Quan para que ambos pudessem lidar com a invasão de Cao Cao. Após muitos jogos de palavras e puros momentos de persuasão, os que ainda não eram aliados e pensavam se realmente deveriam se render ou não à aceitação da unificação acabaram cedendo à oportunidade, especialmente após uma intensa caçada de tigre posteriormente com o grande vice-rei Zhou Yu e sua irmã, Sun Shangxiang (cena que fora praticamente cortada da versão ocidental).
Na segunda parte do filme asiático, Sun Shangxiang infiltra-se no acampamento de Cao Cao e observa secretamente seus pertences e detalhes do local, enviando-os através de um pombo para Kongming, enquanto seu exército sofre uma queda populacional por meio de uma praga (a febre tifoide). A real batalha se inicia quando o vento sobra do sudeste no meio da noite e as forças de Wu lançam seu ataque máximo à marinha de Cao. Algumas dessas cenas até o momento da batalha foram retiradas, intensificando que o objetivo da versão ocidental não era mostrar as reais intenções das personagens históricas, mas sim apenas 'lutas' que o público gostaria de ver.
Aos que realmente pretendem entender a história das dinastias e o que ocorreu tantos conflitos, é importante ressaltar que as duas partes chinesas são bem mais relevantes que a versão única ocidental, não só pelos cortes de cenas importantes, mas também por esse contexto social que perdeu-se no meio da filmagem voltada ao comércio, não à história, como era originalmente.
Foto: Movies.com
Versão ocidental (brasileira) do filme A Batalha dos 3 Reinos
Na Ásia, o filme foi dividido em duas partes, com mais de quatro horas de duração. A primeira, lançada em 2008, e a segunda em 2009. Fora do continente asiático, ambas as partes foram unificadas em uma só filmagem de praticamente metade do tempo de duração reduzido (de 280 minutos, foi para 148 minutos, cortando diversas cenas importantes, como por exemplo as motivações por trás do plano de Kongming para obter cem mil flechas, as razões pelas ameaças à sua vida, e o início das infiltrações de Sun Shangxiang).
É válido ressaltar que na China, a primeira parte do filme bateu um recorde extraordinário, arrecadando 124 milhões de dólares não só lá, mas em toda a Ásia, vencendo a bilheteria de Titanic em solo chinês.
A primeira parte do filme asiático conta o verão de 208, durante a Dinastia Han, cujo exército imperial era liderado pelo chanceler Cao Cao, retratando a época em que embarca em uma campanha para eliminar os senhores da guerra do sul (Sun Quan e Liu Bei) em nome da erradicação de rebeldes. Além das cenas de combate com excelentes demonstrações de habilidades marciais, após a batalha, o conselheiro chefe Liu Kongming estabelece uma missão diplomática com Wu Oriental, desejando formar uma aliança entre Liu e Sun Quan para que ambos pudessem lidar com a invasão de Cao Cao. Após muitos jogos de palavras e puros momentos de persuasão, os que ainda não eram aliados e pensavam se realmente deveriam se render ou não à aceitação da unificação acabaram cedendo à oportunidade, especialmente após uma intensa caçada de tigre posteriormente com o grande vice-rei Zhou Yu e sua irmã, Sun Shangxiang (cena que fora praticamente cortada da versão ocidental).
Foto: Viaje Aqui (Abril)
Emissário da Dinastia Han retorna à cidade de Chagan
Na segunda parte do filme asiático, Sun Shangxiang infiltra-se no acampamento de Cao Cao e observa secretamente seus pertences e detalhes do local, enviando-os através de um pombo para Kongming, enquanto seu exército sofre uma queda populacional por meio de uma praga (a febre tifoide). A real batalha se inicia quando o vento sobra do sudeste no meio da noite e as forças de Wu lançam seu ataque máximo à marinha de Cao. Algumas dessas cenas até o momento da batalha foram retiradas, intensificando que o objetivo da versão ocidental não era mostrar as reais intenções das personagens históricas, mas sim apenas 'lutas' que o público gostaria de ver.
Aos que realmente pretendem entender a história das dinastias e o que ocorreu tantos conflitos, é importante ressaltar que as duas partes chinesas são bem mais relevantes que a versão única ocidental, não só pelos cortes de cenas importantes, mas também por esse contexto social que perdeu-se no meio da filmagem voltada ao comércio, não à história, como era originalmente.
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